Nesta terça-feira (29), o presidente da Associação Quilombo Kalunga (AQK), Jorge Moreira de Oliveira, a vice-presidente, Ester Fernandes de Castro, e a primeira secretária, Domingas Natália, participaram de uma reunião sobre educação quilombola com os prefeitos eleitos de Cavalcante, Teresina e Monte Alegre de Goiás, na Câmara Municipal de Teresina.

O encontro também contou com a presença dos secretários municipais de educação, do diretor das escolas kalungas, Adão Fernandes da Cunha, entre outros educadores.
O objetivo da reunião foi debater os desafios para implementar a educação quilombola de fato na região e a importância de combater o racismo institucional nas escolas.
Jorge Moreira de Oliveira falou da importância desse momento para os kalungas, com a eleição de um prefeito kalunga em Cavalcante, e fez uma breve recordação da base kalunga de luta. Jorge lembrou das lideranças que deram início a luta por escolas nas comunidades, pontuou os principais objetivos da AQK e disponibilizou a Associação como parceira na busca por recursos, pois a AQK tem várias portas abertas e pode contribuir muito.
Vilmar Kalunga, prefeito de Cavalcante, destacou que quer trabalhar pela educação junto com as lideranças locais e com a AQK. “Nas comunidades kalungas temos uma dificuldade grande. Por exemplo, o fato de que alguns de nossos alunos são carregados no pau de arara. Para melhorar isso, precisamos do apoio do nosso governador, para melhorar as estadas e o transporte, para avançar na educação. Precisamos ter em mente agora que a política partidária passou e agora a nossa política é o povo.”, disse.
Mano, prefeito de Teresina, falou da questão da educação na comunidade Diadema. Ele lembrou que a atual diretora é kalunga e disse que vai lutar para que os professores sejam 100% kalungas.
O prefeito de Monte Alegre, Felipe Campos, defendeu que os gestores sejam locais e não indicou nomes ainda porque está aguardando solicitações. Ele concordou que a questão do transporte de estudantes na região realmente é complicada. “Alguns alunos saem às 7h de casa e só chegam às 21h, é muito cansativo.” Felipe Campos disse que quer colocar a secretaria voltada para a comunidade para atuar na busca de recursos.

Maiana Diniz
Assessora de Comunicação da AQK