Esta quinta (17) e sexta-feira (18) foram de muito trabalho e aprendizado para quatro jovens do Vão do Moleque que participaram da segunda etapa do curso de formação em apicultura no território kalunga.

Nesta etapa os alunos aprenderam a fabricar suas próprias caixas para o resgate de enxames na natureza, visitaram os locais onde serão instaladas as caixas definitivas para as abelhas e colocaram em prática as técnicas de retirada de colmeias de troncos.

Participaram Denise, moradora da comunidade kalunga Salinas, Claudianne, da comunidade kalunga do Prata, e os irmãos Jeová e Waldinei, da comunidade kalunga Curriola, todas localizadas no Vão do Moleque.

O grupo encontrou e capturou um enxame robusto escondido no tronco de um pequizeiro. Parte da colmeia foi transferida para uma caixa de captura fabricada pelos próprios jovens. Em três dias a caixa será transferida para o local definitivo do apiário.
No total serão capacitados 16 jovens do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga. Além de apoio técnico, os jovens vão receber todos os equipamentos necessários para dar início à produção de mel da biodiversidade do cerrado.

A Associação Quilombo Kalunga (AQK) contratou o Instituto Educacional Tiradentes para realizar o curso de formação e consultoria técnica para a instalação dos apiários. O projeto está sendo financiado com recursos da parceria com o Instituto Internacional do Brasil (IEB ) e o Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF).

Neste sábado (19), o coordenador do projeto, Damião Moreira dos Santos, os voluntários e alunos João Lucas e Wellington, e os professores do Instituto Educacional Tiradentes Sítio Bagagem, Manoel Alves Gomes Júnior e Rhyllary Gomes, seguiram para a comunidade kalunga do Vão de Almas para realizar as atividades de captura com mais quatro jovens.
Saiba mais sobre o projeto AQUI.
Sobre a Associação Quilombo Kalunga e o CEPF Cerrado
A Associação Quilombo Kalunga é uma organização civil, sem finalidade econômica, fundada em outubro de 1999. Representa o maior território de quilombo no Brasil, com 262 mil hectares de terras. A AQK defende os interesses dos moradores do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga (SHPCK), que abrange os municípios goianos de Cavalcante, Monte Alegre de Goiás e Teresina de Goiás.
O projeto, fomentado pelo Fundo de Parceria Para Ecossistemas Críticos (CEPF Cerrado) e com apoio do Instituto Internacional de Educação do Brasil, tem como objetivos conhecer com profundidade a realidade das comunidades Kalunga, usar a tecnologia de geoprocessamento para mapear detalhadamente o território, promover a ocupação do SHPCK de uma forma mais sustentável e fazer com que os Kalunga sejam reconhecidos internacionalmente como defensores da conservação da biodiversidade.
Por Maiana Diniz
Assessora de Comunicação da AQK